Por Kanishka Singh e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - O Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos, liderada pelos republicanos intimou três assessores seniores da Casa Branca nesta quarta-feira, requerendo que eles prestem depoimento sobre a saúde do presidente democrata Joe Biden, de acordo com um comunicado do painel.
As intimações foram enviadas para o principal assessor da primeira-dama Jill Biden, Anthony Bernal, para a vice-chefe de gabinete, Annie Tomasini, e para a assessora sênior Ashley Williams. O Axios publicou essa informação pela primeira vez.
As chances de reeleição de Biden foram colocadas em dúvida após uma atuação vacilante e instável no debate contra o ex-presidente republicano Donald Trump no fim do mês passado.
Desde então, alguns democratas do Congresso e doadores importantes pediram publicamente que ele se afastasse como candidato do partido para a eleição de 5 de novembro. Biden disse que continuará na disputa.
“Funcionários-chave da Casa Branca precisam aparecer diante do nosso comitê para que possamos dar a transparência e a responsabilidade que os norte-americanos merecem”, disse o deputado republicano James Comer, presidente do painel.
“Segundo um ex-assessor de Biden, esses três funcionários -- Annie Tomasini, Anthony Bernal e Ashley Williams -- criaram uma ‘bolha protetora em torno’ do presidente Biden”, acrescentou o painel.
O porta-voz da Casa Branca, Ian Sams, afirmou: “Como tudo que o deputado Comer fez ao longo do último ano, essas intimações são uma manobra política sem fundamento com a intenção de receber atenção da imprensa em vez de realizar supervisão legítima. Seus ataques partidários contra o presidente foram desacreditados e agora ele continua rebaixando a Câmara ao usar intimações como armas para ganhar manchetes em vez de buscar informações pelo processo constitucional adequado”.
Muitos parlamentares do próprio partido de Biden têm expressado preocupação de que ele não fez o suficiente nos dias posteriores para convencer os eleitores de que o debate foi uma anomalia, e não um reflexo verdadeiro das suas habilidades. Biden tem argumentado que está mais bem posicionado para derrotar Trump.
O painel liderado por republicanos pediu que os assessores respondam até 17 de julho e solicitou que eles sentem para entrevistas a portas fechadas mais adiante este mês.