Investing.com - A economia dos EUA criou 114 mil empregos não-agrícolas em julho, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 02 de agosto. O número veio muito abaixo do consenso, que era de 176 mil vagas, e também dos 179 mil em junho (revisados de 206 mil).
Os setores de saúde, construção e transporte e armazenagem puxaram a criação de vagas de trabalho, enquanto o setor de informação registrou perdas de empregos, por outro lado.
A taxa de desemprego subiu de 4,1%, que era o previsto, para 4,3%. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA registo elevação de 62,6% para 62,7%. A expansão do ganho médio por hora trabalhada foi de 0,2%, abaixo dos 0,3% esperados e anteriores.
O número de desempregados subiu para 7,2 milhões, um aumento de 352 mil. “As taxas de desemprego para homens adultos e brancos subiram em julho, enquanto as taxas para mulheres adultas, adolescentes, negros, asiáticos e hispânicos permaneceram relativamente estáveis”, informou o Departamento de Trabalho em nota.
O total desempregados por layoff temporário subiu 249 mil, chegando ao patamar de 1,1 milhão, enquanto o total de pessoas que perderam empregos de forma permanente demonstrou estabilidade, em 1,7 milhão.
"O número abaixo do consenso reforça a narrativa que se iniciou ontem de que a economia dos EUA está se encaminhando para um pouso duro, com risco maior de recessão, do que um pouso suave que se falava no mercado anteriormente, por isso o pessimismo nos ativos de risco como os índices de Wall Street e moedas emergentes como o real", avaliou Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com.
Após a divulgação dos dados, às 9h36 (de Brasília), os futuros da Nasdaq 100 Futuros recuavam 2,53%, enquanto S&P 500 Futuros perdia 1,83%, e Dow Jones Futuros estava em perdas de 1,39%. Já o Ibovespa Futuros registrava queda de 0,34% e o dólar no Brasil subia 0,73%, a R$5,7904.