WASHINGTON (Reuters) - Uma segunda onda de demissões em meio à demanda fraca e cadeias de suprimentos fraturadas mantém os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos elevados, apoiando visões de que a economia enfrenta uma recuperação longa e difícil da recessão pelo Covid-19.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,508 milhão em dado com ajuste sazonal para a semana encerrada em 13 de junho, ante 1,566 milhão na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. A 11ª queda consecutiva semanal afastou as reivindicações de um recorde de 6,867 milhões registrado no final de março.
Economistas consultados pela Reuters previam 1,3 milhão de pedidos no última semana.
As reivindicações semanais de desemprego, os dados mais oportunos sobre a saúde da economia, permaneceram incrivelmente elevadas, apesar de os empregadores terem contratado um recorde de 2,5 milhões de trabalhadores em maio, conforme as empresas reabriram após terem sido fechadas em meados de março para retardar a disseminação do Covid-19.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse a parlamentares nesta semana que "permanece uma incerteza significativa sobre o momento e a força da recuperação".
A economia entrou em recessão em fevereiro.
"As pessoas dirão que as reivindicações estão caindo, mas para uma economia que está reabrindo, esse é um número enorme", disse Steven Blitz, economista-chefe da TS Lombard em Nova York.
"A economia está perdendo trabalhadores e empregos além do impacto inicial ligado às empresas que fecharam. Existem muitos setores que estão sendo prejudicados e que começam a tombar acentuadamente, é isso que esses números estão mostrando."
Da manufatura e varejo a tecnologia da informação e produção de petróleo e gás, as empresas anunciaram cortes de empregos. Os governos estaduais e locais, cujos orçamentos foram abalados pela luta contra a Covid-19, também estão cortando empregos.
(Reportagem de Lucia Mutikani)