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Petróleo fica próximo de mínima em 4 semanas com apostas pessimistas

Publicado 08.03.2017, 06:13
© Reuters.  Petróleo sob pressão antes dos dados norte-americanos de oferta
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Investing.com - Os preços do petróleo estavam sob pressão durante a manhã europeia nesta quarta-feira, próximos da mínima em quatro semanas após dados à noite mostrarem outro grande aumento na oferta de petróleo bruto nos EUA.

O contrato com vencimento em abril do U.S. petróleo bruto West Texas Intermediate perdeu US$ 0,41, ou cerca de 0,8%, com o barril negociado a US$ 52,73 às 6h10 em horário de Brasília. A referência norte-americana caiu para US$ 52,54 na semana passada, nível não visto desde 8 de fevereiro.

Por outro lado, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdeu US$ 0,35 e o barril foi negociado a US$ 55,56. A referência global chegou a US$ 55,03 no dia anterior, valor mais baixo desde 8 de fevereiro.

Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques norte-americanos de petróleo ganharam colossais 11,6 milhões de barris na semana que se encerrou em 3 de março.

O API também mostrou um ganho de 5,0 milhão de barris nos estoques de gasolina, ao passo que estoques de destilados tiveram uma queda acentuada de 2,9 milhões de barris.

A Agência de Informação de Energia dos EUA, divulgará seu relatório semanal oficial de estoques de petróleo às 10h30 em horário local (12h30 em horário de Brasília) nesta quarta-feira.

Os números da semana passada mostraram que a produção norte-americana ajudou a levar estoques de petróleo bruto e gasolina a níveis altos históricos, aumentando os receios de um excesso global.

Os preços do petróleo têm sido negociados em uma margem de US$ 5 em torno dos US$ 50 pelos últimos dois meses já que os sentimentos nos mercados estão divididos entre esperanças de que o excedente possa ser reduzido por cortes na produção anunciados pelos principais produtores mundiais. e o crescimento dos estoques e aumento da produção de xisto nos EUA.

Khalid al-Falih, ministro saudita de energia, passou mensagens mistas sobre o futuro dos cortes na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Ao discursar na conferência de energia CERAWeek em Houston, Falih afirmou que o acordo histórico do ano passado entre países membros e não membros da OPEP para moderar a oferta e aumentar os preços do petróleo melhorou as bases do mercado. Ainda assim, é prematuro definir se os cortes devem ou não continuar na segunda metade do ano, ele acrescentou.

Países da OPEP e externos à organização tiveram um sólido início em diminuir suas produções de petróleo em cerca de 1,8 milhão de barris por dia até o fim de junho, com conformidade atual de cerca de 94%.

Qualquer decisão de estender os cortes na produção da OPEP após junho teria que incluir a participação dos países externos à OPEP no acordo de novembro, afirmou Mohammad Barkindo, secretário-geral da OPEP, na terça-feira.

Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em abril perderam US$ 0,09, ou cerca de 0,6%, chegando a custar US$ 1,688 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em abril tiveram pouca alteração e foram negociados por US$ 1,613 o galão.

Contratos futuros de gás natural com vencimento em abril ganharam de US$ 0,073, ou 2,6%, sendo negociados a US$ 2,897 por milhão de unidades térmicas britânicas já que operadores do mercado continuam a monitorar as previsões de tempo para avaliar a demanda pelo combustível.

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