KATMANDU (Reuters) - O Nepal pediu às equipes de outros países que encerrem as operações de busca e salvamento nove dias depois de um terremoto devastador que matou mais de 7.200 pessoas, uma vez que agora não há nenhuma esperança de encontrar pessoas vivas nos escombros.
Dezenas de países enviaram equipes para procurar sobreviventes após a nação do Himalaia ter sido atingida por um terremoto de magnitude 7,8 em 25 de abril, o pior desde 1934, mas o governo do Nepal agora acredita que os trabalhos de busca e salvamento estejam praticamente concluídos.
"Eles podem sair. Se também são especialistas em limpar os escombros, podem ficar", afirmou Rameshwor Dangal, funcionário do Ministério do Interior do Nepal, em declarações à Reuters nesta segunda-feira.
O terremoto matou 7.276 pessoas e feriu mais de 14.300. O primeiro-ministro nepalês, Sushil Koirala, havia estimado inicialmente que o número de mortos poderia chegar a 10.000.
Nesta segunda-feira, a polícia e voluntários locais encontraram os corpos de cerca de 100 montanhistas e moradores soterrados por uma avalanche desencadeada pelo terremoto em um distrito remoto e estavam cavando através de neve e gelo em busca de dezenas de desaparecidos.
Muitos países se comprometeram a enviar o dinheiro necessário para reconstruir casas, hospitais e edifícios históricos. Outros, como a vizinha Índia, enviaram caminhões para entregar ajuda e helicópteros para resgatar milhares de pessoas de cidades e aldeias remotas.
O chefe da Força da Nacional da Índia para Resposta a Desastres (NDRF), uma das primeiras organizações estrangeiras a chegar após o terremoto, disse que tinha sido convidado pelo governo do Nepal a concluir sua operação de busca e salvamento.
"Todas as equipes de busca e salvamento, mas não as de ajuda ... foram convidadas a retornar", disse o diretor-geral da NDRF, OP Singh, à televisão indiana. "Vamos ver a melhor maneira de fazer isso."
A ONU disse que 8 milhões do um total 28 milhões de habitantes do Nepal foram afetados pelo terremoto, e que pelo menos 2 milhões precisarão de ajuda em água, alimentos e medicamentos nos próximos três meses.
(Reportagem de Gopal Sharma em Kathmandu)