BRUXELAS (Reuters) - Os preços ao produtor da zona do euro sofreram em março a maior queda desde a crise financeira de 2008, mostraram dados desta terça-feira, caindo mais do que o esperado à medida que a pandemia de Covid-19 reduz drasticamente a demanda por energia.
A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que os preços nos portões das fábricas nos 19 países que compartilham o euro caíram 1,5% na base mensal em março, com queda de 2,8% em relação ao ano anterior.
O primeiro foi o declínio mais acentuado desde novembro de 2008. Economistas consultados pela Reuters esperavam quedas de 1,3% no mês e de 2,6% na comparação anual.
Os preços da energia caíram 5,5% no mês e 11,3% na comparação anual em março, pressionados pela guerra de preços do petróleo entre a Rússia e a Arábia Saudita e pela queda na demanda por combustível, uma vez que as principais economias do mundo pararam devido à pandemia.
Sem o componente volátil de energia, os preços ao produtor recuaram apenas 0,2% no mês e subiram 0,2% em relação ao ano anterior.