(Reuters) - A produção industrial da China e o investimento em ativos fixos avançaram de forma mais forte do que a esperada nos dois primeiros meses do ano, mas as vendas no varejo decepcionaram depois que o governo reduziu a isenção tributária para carros pequenos.
A produção industrial chinesa cresceu 6,3 por cento em janeiro-fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o investimento em ativos fixos avançou 8,9 por cento e as vendas no varejo tiveram alta de 9,5 por cento na mesma base de comparação.
A leitura sobre os números divulgados provavelmente deve reforçar a visão de que a segunda maior economia do mundo está em um caminho de crescimento constante, apesar das preocupações com os riscos de uma política de crédito ligeiramente mais apertada este ano e de aumento do protecionismo comercial dos Estados Unidos.
A China combina os dados de atividade de janeiro e fevereiro para suavizar as distorções sazonais causadas pelo feriado do Ano Novo Lunar, que começou no final de janeiro deste ano, mas caiu em fevereiro no ano passado.
Os analistas consultados pela Reuters previram que a produção industrial cresceria 6,2 por cento nos dois primeiros meses deste ano, ante aumento de 6,0 por cento em dezembro, conforme a demanda por produtos manufaturados melhoraria tanto internamente como no exterior.
A expectativa para o investimento em ativos fixos era de alta de 8,2 por cento, ante crescimento de 8,1 por cento em 2016.
O aumento das vendas de varejo, no entanto, ficou bem abaixo das previsões, avançando em 9,5 por cento, ante 10,9 por cento em dezembro e expectativa dos economistas de alta de 10,5 por cento.
As vendas de automóveis caíram nos primeiros dois meses do ano, de acordo com dados do governo. Os fabricantes de automóveis na China esperam que o crescimento do ano todo desacelere à medida que o governo retire os incentivos para carros com motores pequenos.