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Indústria do Brasil tem 3ª queda em abril e fica 1% abaixo do nível pré-pandemia

Publicado 02.06.2021, 09:03
Atualizado 02.06.2021, 09:50
© Reuters. Carros recém-fabricados em estacionamento de fábrica de São Bernardo do Campo, SP
05/01/2017
REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O segundo trimestre começou com a indústria brasileira abaixo do patamar pré-pandemia depois da terceira queda seguida da produção em abril, em um ambiente ainda de preocupações e restrições com a pandemia de Covid-19 no país.

A produção industrial registrou em abril queda de 1,3% na comparação com o mês anterior, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%, e com isso o setor ficou 1% abaixo do nível pré-pandemia.

“Em janeiro, tínhamos um saldo de 3,5% acima do patamar registrado em fevereiro de 2020, ou seja, antes da pandemia. Com os resultados de fevereiro, março e abril de 2021, o setor industrial está 1% abaixo daquele patamar”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.

"Isso é reflexo do recrudescimento da pandemia, isolamento e restrições", completou.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção teve alta de 34,7% ante expectativa de avanço de 37,0%, a taxa mais elevada desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2002.

Esse resultado, entretanto, deve-se à base baixa de comparação do ano passado, devido ao isolamento social adotado na época --em abril de 2020, o setor recuou 27,7%, a maior queda já registrada na série.

No primeiro trimestre, a indústria do Brasil cresceu 0,7% de acordo com os dados do PIB divulgados na véspera pelo IBGE. O setor continua enfrentando as dificuldades apresentadas pelas medidas de contenção do coronavírus em todo o país, bem como desemprego e inflação elevados, destacadamente das matérias-primas.

"Para além da pandemia, há fatores domésticos como o auxílio emergencial menor, desemprego elevado, recorde de desocupação, inflação alta doméstica. Isso explica essa perda de ritmo da produção industrial", completou Macedo.

Segundo o IBGE, em abril a queda foi disseminada em 18 dos 26 ramos avaliados na pesquisa, sendo que o espalhamento do resultado negativo pelas atividades foi o maior desde abril de 2020.

O maior impacto foi exercido pelas perdas de 9,5% na produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis.

O segundo maior impacto veio de produtos alimentícios, com queda de 3,4% na comparação com março.

© Reuters. Carros recém-fabricados em estacionamento de fábrica de São Bernardo do Campo, SP
05/01/2017
REUTERS/Paulo Whitaker

“Observa-se influências negativas importantes dos principais produtos investigados dentro dessa atividade, desde os ligados aos bens intermediários, como o açúcar e os derivados de soja, até os que estão dentro do semi e não duráveis, que são mais associados com a nossa alimentação no dia a dia”, explicou Macedo.

Entre as categorias econômicas, a produção de Bens Intermediários recuou 0,8%, enquanto a de Bens de Consumo teve contração de 0,9%. Por outro lado, Bens de Capital apontou crescimento de 2,9%.

A mais recente pesquisa Focus divulgada semanalmente pelo Banco Central mostrou que os especialistas consultados veem uma expansão de 5,50% da indústria este ano, crescendo 2,30% em 2022.

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