BRUXELAS (Reuters) - A queda nos gastos das famílias e nos investimentos pressionou o Produto Interno Bruto da zona do euro no primeiro trimestre diante das consequências da pandemia de Covid-19, mas a contração foi levemente menor do que estimado anteriormente, disse a agência de estatísticas da União Europeia.
A Eurostat informou que o PIB dos 19 países que usam o euro contraiu 3,6% sobre o trimestre anterior, chegando a uma queda de 3,1% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior.
Economistas consultados pela Reuters esperavam uma leitura em linha com a estimativa inicial da Eurostat feita em meados de maio de recuo de 3,8% na base trimestral e de 3,2% na comparação anual.
A agência de estatísticas informou que, da queda total no PIB, o consumo das famílias foi responsável por 2,5 pontos percentuais e o investimento por 1 ponto.
A contribuição do comércio também foi negativa em 0,4 ponto percentual. Gastos mais baixos do governo antes de os Estados ampliarem sua resposta à pandemia também eliminaram 0,1 ponto, enquanto o aumento dos estoques contribuiu com 0,3 ponto.
A Eurostat disse que o transporte comercial e o setor de hotelaria, bem como artes e entretenimento, foram os mais atingidos com uma queda de 6,8% sobre o trimestre anterior já que a maioria dos países da zona do euro fechou suas economias durante março para conter a disseminação do coronavírus.
(Reportagem de Jan Strupczewski)