SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, deixou a porta aberta nesta segunda-feira para que o governo altere a meta fiscal ao afirmar que as receitas têm frustrado a expectativa da equipe econômica.
"Não posso assegurar que vai haver mudança (da meta fiscal). O que temos de certo até o momento é que as receitas têm frustrado e se impõe a necessidade de se fazer reavaliação", afirmou o ministro durante evento em São Paulo com a participação de empresários
A meta deste ano é de déficit de 139 bilhões de reais, mas a equipe econômica já reconheceu que esse número não será alcançado e deve projetar um rombo maior.
Ainda na questão fiscal, o ministro do Planejamento voltou a afirmar que a reforma da Previdência é essencial para ajustar as contas públicas.
"É estritamente necessária a reforma da Previdência... Sem ela, não há como voltar a ter superávit", acrescentou ao ponderar que o texto deve ser aprovado em breve pelo Congresso. "Não tenho uma data (para aprovar); o importante é que está na pauta prioritária do governo e do Congresso."
Oliveira também afirmou que no segundo trimestre a economia brasileira ficou perto da estagnação no segundo trimestre deste ano, "próximo do neutro", quando houve a divulgação de indicadores mistos.
(Reportagem de Thaís Freitas)