WASHINGTON (Reuters) - Em uma disputa política pelas mais recentes intimações do inquérito do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA sobre a Rússia, o presidente norte-americano, Donald Trump, apoiou nesta quinta-feira esforços para investigar ações de autoridades do governo de Barack Obama.
"A grande questão é a 'exposição e vigilância' das pessoas que aconteceu durante o governo de Obama", disse Trump em um tuíte, um dia depois do presidente republicano do comitê intimar a CIA, o FBI e a Agência de Segurança Nacional em meio a reclamações dos democratas, que disseram não ter sido consultados sobre as ações.
Na quarta-feira, o presidente do comitê, Devin Nunes, pediu às agências detalhes de qualquer pedido feito pelos dois principais assessores do governo de Obama e pelo ex-diretor da CIA para "expor" nomes dos assessores de campanha de Trump retirados inadvertidamente de intercepções de comunicações externas ultra-secretas, de acordo com fontes do Congresso.
Outra fonte do Congresso, sob condição de anonimato, disse que os democratas foram "informados e consultados" com antecedência, mas assessores do comitê dizem não ter sido avisados.
Nunes se recusou publicamente a liderar a investigação do painel sobre a interferência russa na eleição presidencial de 2016 após prestar uma visita secreta a autoridades da Casa Branca, mas ainda mantém o poder de emitir intimações. Um assessor graduado do comitê disse na quarta-feira que as intimações não eram relacionadas à investigação sobre a Rússia.
(Reportagem de Susan Heavey)