PEQUIM (Reuters) - O crescimento do setor de serviços da China desacelerou em julho da máxima em uma década no mês anterior, uma vez que os novos negócios para exportação caíram e as perdas de emprego continuaram, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
O PMI de serviços do Caixin/Markit caiu a 54,1 de 58,4 em junho, que havia sido a leitura mais alta desde abril de 2010. A marca de 50 separa crescimento de contração.
O setor de serviços, que responde por cerca de 60% da economia e metade dos empregos urbanos, tem sido mais lento em se recuperar da pandemia de Covid-19 do que a indústria, mas a retomada ganhou força nos últimos meses conforme as restrições de contenção do vírus eram gradualmente retiradas.
Entretanto, as pressões permanecem. Fortes perdas de emprego, cortes de salários e novos surtos de coronavírus deixaram alguns consumidores cautelosos quanto aos gastos e a sair de casa de novo.
A pesquisa mostrou que os novos negócios de exportação recebidos pelos fornecedores de serviços chineses contraíram de novo em julho após breve expansão, pesando sobre o crescimento das encomendas totais.
As empresas continuaram a cortar empregos pelo sexto mês seguido, embora a uma taxa mais lenta, conforme buscaram aumentar os lucros em momento de alta de custos e queda de preços.
(Reportagem de Stella Qiu e Ryan Woo)