Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - A atividade no setor de serviços brasileiro fechou o último mês de 2019 com aceleração muito pontual, mostraram dados do IHS Markit nesta segunda-feira, sustentado por entradas de novos negócios, enquanto o otimismo bateu uma máxima em cinco meses.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor de serviços saiu de 50,9 em novembro para 51,0 em dezembro, variação considerada pelo IHS Markit como marginal.
Quatro dos cinco subsetores monitorados registraram crescimento, com exceção de Serviços Imobiliários e Empresariais, que teve estabilização.
Empresas que relataram crescimento da atividade de negócios citaram o fortalecimento das condições de demanda, com as vendas em alta pelo sexto mês consecutivo e no segundo ritmo mais rápido neste período, atrás apenas de outubro). A taxa de expansão ultrapassou a média de longo prazo.
O nível de emprego cresceu pelo quinto mês consecutivo, mas foi o mais fraco dessa sequência, limitado por demissões por empresas que visavam reduzir custos operacionais.
O custo médio de produção aumentou novamente no fim do ano, com preços mais altos pagos por alimentos, gasolina e serviços públicos. O aumento das taxas de inflação foi mais pronunciado nas categorias Transporte e Armazenamento e de Serviços ao Consumidor.
Para 2020, a expectativa é de crescimento na produção, com o otimismo apoiado pela oferta de novos serviços e por políticas públicas. Algumas empresas também preveem condições econômicas melhores, incluindo uma tendência de melhoria para as contratações. O nível geral de sentimento positivo alcançou o ponto mais alto desde julho.
Com a aceleração apenas tímida no setor de serviços e o esfriamento notável da atividade manufatureira no mês passado, o PMI composto de dezembro caiu de 51,8 em novembro para 50,9 em dezembro.