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Setor de serviços do Brasil tem queda inesperada em fevereiro após 3 meses de altas

Publicado 12.04.2024, 09:06
Atualizado 12.04.2024, 10:21
© Reuters. Café no Rio de Janeiro
REUTERS/Sergio Moraes

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O volume de serviços no Brasil voltou a contrair em fevereiro, interrompendo três meses seguidos de ganhos e frustrando as expectativas.

Em fevereiro, houve recuo no volume de serviços de 0,9% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado, com ajuste sazonal, vem após o setor acumular uma expansão de 1,5% nos três meses anteriores e ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,2%.

Assim, o volume de serviços está 11,6% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 1,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de dezembro de 2022.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume registrou alta de 2,5%, contra expectativa de 4,5%.

"A última rodada de dados sobre a atividade doméstica apontava para um ritmo forte no primeiro trimestre de 2024. No entanto, os dados mais recentes sobre os serviços, embora não revertam completamente essa tendência, sugerem que pode haver uma diminuição na velocidade de crescimento durante esse período", disse Leonardo Costa, economista da ASA Investments.

A expansão do setor de serviços nos últimos meses reflete o mercado de trabalho aquecido com aumento da massa salarial, bem como a inflação comportada. No entanto, é esperada alguma desaceleração este ano, acompanhando a acomodação da atividade econômica.

O desempenho de serviços e a inflação do setor vêm sendo ponto de atenção do Banco Central, que segue em seu ciclo de afrouxamento monetário, com a taxa básica de juros atualmente em 10,75%.

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"A dinâmica menos intensa a ser apresentada no decorrer deste ano no campo dos serviços certamente contribuirá para um nível de inflação mais baixo ao final do ano, permitindo que o Banco Central siga seu ciclo de cortes na ausência de desdobramentos demasiadamente negativos nos outros fronts", avaliou o economista da CM Capital Matheus Pizzani.

Os dados do IBGE mostram que em fevereiro quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram queda no volume. De acordo com Luiz Almeida, analista da pesquisa no IBGE, isso é fruto de um movimento de compensação após meses de alta.

“É uma descontinuação dos ganhos anteriores. Como observamos, por exemplo, na atividade de profissionais, administrativos e complementares”, disse ele.

O grupo caiu 1,9% em fevereiro após uma alta de 1,0% em janeiro impactada principalmente pelo pagamento de precatórios, que influenciou nas atividades jurídicas, de acordo com o IBGE.

“Como não houve essa receita em fevereiro, acontece esse retorno ao patamar anterior”, explicou Almeida.

Outro destaque no mês foi a retração de 1,5% no volume do setor de informação e comunicação, que compensou parte do ganho de 3,6% dos últimos quatro meses.

“Nesse caso, as principais influências vieram de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, e de edição integrada à impressão de livros, que, com o fim da preparação para o início do ano letivo, mostrou um arrefecimento do mercado”, explicou Almeida.

Os demais recuos foram registrados por transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%). Apenas os serviços prestados às famílias mostraram ganhos, de 0,4%, o que entretanto não recupera a queda de 2,9% em janeiro.

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O índice de atividades turísticas, por sua vez, recuou 0,8% em fevereiro sobre o mês anterior, marcando o segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,8%. O segmento está 2,2% acima do patamar pré-pandemia e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

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