Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - A atividade manufatureira dos Estados Unidos cresceu a um ritmo moderado em junho, mas o emprego recuou pela primeira vez em sete meses, provavelmente devido à crescente escassez de matérias-primas e mão de obra.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira que seu índice para a atividade fabril nacional caiu para 60,6 no mês passado, menor leitura desde janeiro, ante 61,2 em maio.
Leitura acima de 50 indica expansão da manufatura, que responde por 11,9% da economia norte-americana. Economistas consultados pela Reuters esperavam leitura de 61,0 em junho.
O enorme estímulo fiscal impulsionou a demanda por bens duráveis manufaturados durante a pandemia de Covid-19, com milhões de norte-americanos trabalhando de casa e em aulas remotas. As fábricas estão lutando para acompanhar a demanda à medida que a pandemia saturou as cadeias de abastecimento e interrompeu a indústria de transporte marítimo mundial.
A leitura do índice de preços pagos pelos fabricantes na pesquisa ISM saltou para um recorde de 92,1 no mês passado, ante 88,0 em maio. Os preços ao consumidor têm subido forte, com a principal medida de inflação anual do Federal Reserve numa máxima em 29 anos no mês de maio.
A demanda também vem sendo alimentada pela reabertura da economia, com mais de 150 milhões de norte-americanos totalmente vacinados.
O subíndice para novas encomendas prospectivas caiu para uma leitura de 66,0 no mês passado, ante 67,0 em maio. Os estoques nas fábricas continuam baixos, e os armazéns comerciais estão quase vazios. Uma aceleração na produção permitiu que as fábricas dessem vazão ao trabalho incompleto acumulado.