Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia avaliou nesta terça-feira que o desempenho da economia no primeiro trimestre esteve relacionado à maior participação do setor privado nos investimentos e afirmou que um crescimento de longo prazo depende da consolidação fiscal e de uma agenda de reformas pró-mercado, com o risco hidrológico entre fatores de alerta no curto prazo.
Dentre os fatores positivos para a economia brasileira no curto prazo, a SPE citou cenário externo favorável, forte recuperação do investimento financiado pelo setor privado, aumento da taxa de poupança, mercado de crédito em expansão e recuperação do emprego com a vacinação em massa e a redução do distanciamento social.
Mas entre "fatores de alerta e que inspiram atenção" a secretaria do ministério listou necessidade de prosseguir com o processo de consolidação fiscal e aprovação das reformas de aumento de produtividade, incertezas inerentes à pandemia e risco hídrico.
A economia do Brasil registrou crescimento no primeiro trimestre de 2021 e retornou ao patamar pré-pandemia, dando sequência à recuperação dos danos causados pela pandemia de Covid-19, embora o ritmo tenha perdido força.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% entre janeiro e março, terceiro trimestre seguido de ganhos, mas bem abaixo da alta de 3,2% no quarto trimestre de 2020.
A SPE disse ainda que as reformas tributária e administrativa estão entre as prioridades para este ano, assim como MP da Eletrobras (SA:ELET3), projeto de lei cambial, modernização do setor elétrico, mudança do regime de partilha para concessões, novo marco de parceria público-privadas, projeto de lei de autorização de ferrovias e aprimoramento das debêntures de infraestrutura.
"Fundamental destacar que o sucesso da implementação da agenda de consolidação fiscal e reformas pró-mercado está intimamente relacionado à retomada ora em curso na economia brasileira", disse a SPE em nota.