👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

STF dá vitória à Raquel Lyra contra Assembleia Legislativa e restabelece vetos à LDO

Publicado 06.05.2024, 19:29
Atualizado 06.05.2024, 22:41
STF dá vitória à Raquel Lyra contra Assembleia Legislativa e restabelece vetos à LDO

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão liminar do ministro André Mendonça que suspendeu trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de Pernambuco, a pedido da governadora Raquel Lyra (PSDB).

A decisão do plenário é uma derrota para a Assembleia Legislativa do Estado e um precedente positivo para outros governadores e para a União, porque na prática impõe um freio à influência dos parlamentares no ciclo orçamentário.

Os trechos suspensos foram considerados pelos ministros do STF uma intromissão indevida dos deputados estaduais nas atividades do Executivo.

"A legislação impugnada afronta prima facie a repartição constitucional de competências legislativas na Federação, assim como representa indevida extravasamento dos demais poderes e órgãos em prerrogativa própria do Poder Executivo", defendeu André Mendonça no voto agora chancelado pelos colegas.

Raquel Lyra vetou os artigos do LDO, mas a Assembleia Legislativa impôs um revés à governadora e derrubou os vetos. Ao acionar o Supremo Tribunal Federal, ela abriu uma crise com os deputados, após embates que vinham escalando desde 2023.

A Secretaria da Fazenda de Pernambuco calcula que a derrubada dos vetos pode causar um impacto adicional de, pelo menos, R$ 384 milhões.

O governo alega que a Assembleia Legislativa atropelou sua competência discricionária para executar a LDO e que, no fim das contas, houve uma "interferência irrazoável nas rotinas" do Executivo.

O STF vetou, por exemplo, o trecho da lei que previa o repasse, ao Legislativo e a órgãos do Poder Judiciário, do excesso de arrecadação em relação às estimativas de receitas. Segundo a legislação, a transferência seria feita por meio de créditos adicionais, que deveriam ser abertos até março. Para os ministros, a competência para abrir créditos adicionais é "própria e privativa" do Poder Executivo.

Outro ponto barrado pelo Supremo obrigava o governo a transferir as emendas parlamentares até o mês de junho - antes, portanto, do período eleitoral. Na prática, os deputados reduziram pela metade o calendário de pagamento das emendas, o que aumentou a pressão sobre as finanças da gestão Raquel Lyra. Ao acionar o STF, a governadora alegou que havia risco de "paralização de todo o fluxo financeiro" do Estado.

Os ministros também vetaram o trecho da LDO que forçava o governo a atualizar o orçamento para considerar o impacto de projetos de lei de iniciativa dos deputados que importassem "renúncia de receita ou aumento de despesas". Para o STF, a Assembleia Legislativa criou uma obrigação que "diverge frontalmente das definições e dos procedimentos nacionalmente prescritos nas normas gerais de direito financeiro".

Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes, decano do STF, sinalizou "preocupação" com o que classificou como um "processo de paulatina expansão do conteúdo veiculado em leis de diretrizes orçamentárias". "Penso que se trata, no particular, de temática ainda carente de maior aprofundamento pelo Supremo Tribunal Federal."

O julgamento termina nesta segunda no plenário virtual. Falta apenas o voto do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF. Todos os demais ministros acompanharam o posicionamento do relator.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.