(Reuters) - A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira a emenda do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à proposta de reforma política que previa o financiamento exclusivo de campanhas com recursos públicos, segundo a Agência Câmara.
A emenda foi rejeitada por 343 votos a 56, com 58 abstenções. Mais cedo, os deputados também rejeitaram a emenda da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) que previa a doação de pessoas físicas a partidos políticos.
A emenda que incluía o financiamento de campanha por empresas na Constituição não foi aprovada na véspera pelos parlamentares, que também rejeitaram todas as propostas de mudança no sistema eleitoral para eleições legislativas, incluindo a conhecida como "distritão".
Tanto o distritão quanto o financiamento empresarial eram defendidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que viu as duas propostas serem derrotadas pelo plenário da Casa.
Em decisão que gerou polêmica no plenário, Cunha decidiu colocar novamente em votação nesta quarta-feira o financiamento empresarial, apesar de a matéria ter sido rejeitada pelos deputados na terça-feira.
A decisão do presidente foi criticada por deputados, entre eles do PT, do PSB e do PSOL, que enxergaram na manobra um golpe de Cunha contra uma decisão do plenário que o desagradou.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)