Investing.com – A taxa de desemprego brasileira atingiu 7,4% no trimestre encerrado em dezembro, ante 7,7% do trimestre anterior, segundo informou nesta quarta-feira, 31, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),.
O indicador veio melhor do que as projeções de consenso do mercado, que apontavam para uma desocupação de 7,6% no período. Assim, a taxa média anual chegou a 7,8% em 2023, contra 9,6% em 2022. Esse é o menor resultado anual desde 2014.
Dados trimestrais
De acordo com o instituto, a taxa trimestral é menor taxa desde os três meses encerrados em janeiro de 2015. Além disso, é o menor percentual para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014. A taxa de subutilização foi de 17,3%, contra 17,6% dos três meses imediatamente anteriores.
Já o rendimento real habitual chegou a R$3.032, superior aos R$3.007 do trimestre finalizado em setembro. “Esses valores dão sustentação ao consumo das famílias dado o ganho robusto. Pensando, agora, nas suas implicações para o cenário de inflação de médio prazo, a dinâmica traz alguma preocupação, sobretudo com a nova regra do salário mínimo”, avalia Igor Cadilhac, economista do Picpay.
A população desocupada somou 8,1 milhões, uma diminuição de 234 mil pessoas no trimestre. Esse é o menor número para a população desocupada desde o trimestre que finalizou em março de 2015. “Esse quadro mais favorável pelo lado da ocupação, que atingiu o maior patamar da série histórica, ainda permite um melhor desempenho da formalidade e uma redução do número de pessoas que procuram trabalho”, completa Cadilhac.
Em 2023, o mercado de trabalho foi uma das principais surpresas positivas, segundo Rafael Perez, economista da Suno Research, “com a Pnad Contínua caindo de 8,4% para 7,4% entre janeiro e dezembro, além da forte expansão dos rendimentos dos trabalhadores, sendo fundamental para sustentar o crescimento da economia no ano passado”.
No entanto, o economista não enxerga espaço para quedas significativas no desemprego em 2024, tendo em vista o menor crescimento da economia. “Contudo, a taxa de desemprego deve se acomodar em níveis bem mais baixos que nos últimos anos e deverá continuar impulsionando o consumo das famílias, sendo um dos principais vetores para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano”.
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