Investing.com - Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na manhã desta terça-feira, 28, mostram que o desemprego brasileiro atingiu taxa média anual de 9,3% em 2022, menor resultado desde 2015. Já a taxa de subutilização foi de 20,8%. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
A população ocupada média foi de 98,0 milhões de pessoas no ano passado, a maior média anual da série, 7,4% superior em relação ao ano de 2021. Já o desalento recuou 19,9%, caindo para 4,3 milhões de pessoas.
De acordo com o Instituto, o número de empregados sem carteira atingiu um patamar recorde em 2022. A alta foi de 14,9% em 2022, atingindo 12,9 milhões de pessoas.
O valor médio anual do rendimento real habitual ficou em R$ 2.715, valor 1,0% menor do que a projeção de 2021.
Resultados trimestrais
A taxa de desocupação no quarto trimestre foi de 7,9%, um recuo de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Já a taxa de subutilização foi de 18,5% no trimestre encerrado em dezembro, contra 20,1% dos três meses anteriores.
A população fora da força de trabalho chegou a 65,9 milhões de pessoas, uma alta de 1,8% na base trimestral. Além disso, o número de desalentados caiu 6,2% na mesma análise, indo a 4 milhões de pessoas. A taxa de informalidade foi de 38,8% da população ocupada, contra 39,4% no trimestre anterior.
O rendimento real habitual do quarto trimestre foi de R$ 2.808, uma elevação de 1,9% frente ao trimestre anterior e de 8,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
"Em suma, ainda que tenha tido um avanço consistente da população ocupada a taxa de desemprego também tem melhor em função da redução de pessoas disponíveis para trabalhar. Salientamos que em termos dessazonalizados a taxa de desemprego permaneceu em 8,7%", destaca Étore Sanchez, economista da Ativa Investimentos.