Washington, 26 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira impor tarifas "muito substanciais" à China se ambos os países não chegarem a um acordo, embora tenha se mostrado otimista em relação ao seu encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, no marco da Cúpula do G20 de Osaka, no Japão.
"Imporia mais tarifas muito substanciais se não alcançamos um acordo", disse Trump em entrevista concedida à emissora de televisão "Fox Business".
O presidente americano argumentou que as empresas estão saindo da China "para não pagar os encargos" que ele impôs nos últimos meses, e que algumas delas estão retornando aos EUA por sua estratégia comercial.
"Enquanto as tarifas continuarem na China, estamos recebendo milhares de bilhões de dólares. Antes nunca ganhávamos nem 10 centavos e agora temos outros US$ 325 bilhões aos quais ainda não apliquei encargos", afirmou.
Apesar das ameaças, Trump se mostrou otimista a respeito de um "possível" pacto com a China, mas destacou que a necessidade de Pequim de chegar a um acordo com os EUA é maior que a de Washington.
"Eles querem chegar a um pacto mais do que eu. Estamos ganhando uma fortuna, e francamente não é uma coisa muito boa para a China, mas sim para nós", disse.
Além disso, o presidente reconheceu que vê o uso das tarifas "de maneira diferente de muitas outras pessoas" e indicou que os mercados americanos "dispararam" desde que os EUA impuseram uma sobretaxa de 25% sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses.
O encontro entre Trump e Xi acontecerá no próximo sábado em meio às tensões comerciais entre EUA e China, e sob a ameaça de Washington de ampliar as tarifas à totalidade das importações chinesas se Pequim não conseguir reequilibrar a balança comercial e abrir seu mercado.