Por Alexandra Alper
WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano, Donald Trump, comemorou nesta sexta-feira um impressionante relatório de emprego nos Estados Unidos, que mostrou que o país gerou mais de 2,5 milhões de postos no mês passado, durante o auge da pandemia de coronavírus, e previu que a economia se recuperará até 2021.
"Estamos trazendo nossos empregos de volta", disse Trump em entrevista coletiva na Casa Branca. "Acho que, na verdade, vamos voltar maiores no próximo ano", disse ele.
Trump, que contava com uma economia forte para aumentar suas chances de reeleição em novembro, disse que a recuperação pode ser dificultada por impostos mais altos e pela implementação de um plano de mudança climática Green New Deal se os Democratas ganharem a Casa Branca.
Ele fez as declarações depois de o Departamento do Trabalho divulgar dados mostrando taxa de desemprego em queda a 13,3% no mês passado, ante 14,7% em abril. Foram criadas, fora do setor agrícola, 2,509 milhões de vagas no mês passado, em termos líquidos, após fechamento recorde de 20,687 milhões em abril.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que a taxa de desemprego no mês passado chegaria perto de 20% depois que milhões de trabalhadores demitidos solicitaram auxílio-desemprego.
Trump tem tido dificuldades na resposta às consequências do surto de coronavírus, que levaram a quarentenas em todo o país as quais colocaram a economia praticamente em paralisia e deixaram cerca de 40 milhões de norte-americanos sem trabalho.
Desde meados de abril, Trump tem pressionado autoridades estaduais e locais a suspender restrições comerciais destinadas a retardar a propagação do vírus, que matou mais de 108 mil e infectou mais de 1,88 milhão de norte-americanos desde fevereiro.
Trump também está lidando com protestos em massa em todo o país pela morte do afro-americano George Floyd nas mãos da polícia em Mineápolis na semana passada. A morte de Floyd reacendeu tensões raciais no país.
Uma série de pesquisas públicas mostrou Trump atrás do provável candidato presidencial democrata Joe Biden nacionalmente e em alguns dos Estados nos quais as eleições serão decididas em 3 de novembro.
(Reportagem de Alexandra Alper, Lisa Lambert, Makini Brice e Andy Sullivan)