Investing.com – Após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 10,5%, o banco UBS BB afirmou que enxerga 30% de chance de um aumento na Selic em setembro. No entanto, este seria um cenário alternativo, e o visto como mais provável é um corte na reunião de dezembro.
Câmbio pressionando inflação
Em avaliação sobre a comunicação do Copom, o banco apontou a mudança no horizonte relevante, agora previsto para o primeiro trimestre de 2026, e lembra que o balanço de riscos permaneceu simétrico, o que considerou uma surpresa, tendo em vista a expectativa de riscos de inflação mais elevados.
“No entanto, o Copom listou a taxa de câmbio como fator de risco adicional para a inflação. Entendemos que a maior incerteza fiscal levou ao aumento do risco proveniente do câmbio e das expectativas de inflação”, afirmam os economistas Alexandre de Azara, Rodrigo Martins e Fabio Ramos.
Cenários do UBS BB
O cenário base com corte na reunião de dezembro teria 70% de chance, no entendimento do UBS BB, e requer início dos cortes dos juros nos Estados Unidos, inflação abaixo do consenso, decisões unânimes do Copom até dezembro e um anúncio fiscal convincente que leve à valorização do real.
Mas, como a taxa de câmbio é um risco maior, uma piora do cenário, com câmbio mais próximo de R$5,70, poderia levar a um aumento na Selic. Esse cenário é avaliado como menos provável, mas o banco alerta que os riscos aumentaram.
“Como o fiscal teria demorado mais para responder, a política monetária teria de suportar o fardo perdido pela política fiscal. Acreditamos que a resposta fiscal acabará por acontecer. Se não conseguir acontecer, deveria haver um aumento nas taxas”, conclui.
Um cenário de taxas estáveis neste e no próximo ano é considerado como muito improvável.
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