Por Gabriel Codas
Investing.com - O UBS avalia que o Brasil é o país da América Latina que mostra melhor recuperação em relação à crise causada pela pandemia da Covid-19. O relatório divulgado nesta quarta-feira (09) aponta que a economia brasileira foi a menos impactada e a do Peru a que sofreu a maior perda no período.
Os economistas do banco mantêm seus cenários de PIB sob diferentes premissas de reabertura, mas reconhecem que os riscos no México estão aumentando. O consenso de PIB mostra que as estimativas para 2020 se estabilizaram no Brasil em -5,3%, -6% no Chile e -9,9% no México. As tendências de mobilidade continuam a melhorar, com uma mobilidade muito maior no Brasil (-13% vs -29% na semana passada), no México (-22% vs -29%) e no Chile (-41% vs -49%), ainda mais com a diminuição da taxa de mortes por Covid no Brasil (-19%) e no México (-7%).
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Além disso, os setores industriais e de construção da região apresentam uma forte recuperação. Mas, os indicadores relacionados a consumo ainda estão longe dos níveis pré-pandemia, com exceção do Brasil.
Os estrategistas avaliam que os preços das ações brasileiras podem atingir o pico com o estímulo chinês mudando de foco, de imóveis para infraestrutura/serviços. Com isso, as estimativas de consenso parecem estar muito otimistas, embora o enfraquecimento do dólar pode ser um estímulo positivo a observar.
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A equipe do UBS mantém o rating Neutro no Brasil dentro do benchmark de ações da mercados emergentes, e prefere o mercado do México. A equipe observa que a temporada de ganhos do 2T foi mais fraca do que o esperado, com 40% das ações listadas no MSCI Brasil superando as previsões de consenso de lucro por ação, enquanto 56% ficando abaixo das estimativas.