(Reuters) - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou nesta sexta-feira vendas privadas de 297 mil toneladas de soja norte-americana para a China, o primeiro anúncio de vendas de soja sob as regras de anúncio diário do USDA desde 19 de dezembro e o primeiro para o maior comprador mundial da oleaginosa desde 15 de dezembro.
O anúncio das vendas ocorreu um dia depois que o secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, se reuniu com o ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian.
A encomenda também acontece após uma queda de 6% nos futuros de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) desde o início do ano calendário, com o contrato de referência atingindo 12,01 dólares por bushel nesta semana antes de se estabilizar nos primeiros negócios desta sexta-feira.
Os futuros de soja caíram devido às melhores condições climáticas nas plantações do Brasil, maior produtor e exportador global, após semanas de seca, embora as perspectivas para a produção brasileira permaneçam incertas.
A oferta do Brasil deve inundar o mercado nas próximas semanas à medida que mais soja é colhida. Exportadores domésticos estão oferecendo remessas a partir de fevereiro a preços de 1,50 dólar ou mais abaixo do que os preços da soja dos EUA, disseram analistas e exportadores.
Enquanto isso, as estimativas do USDA em 12 de janeiro para a produção de soja nos EUA na safra 2023/24, estoques finais e estoques em 1º de dezembro ficaram todas acima da maioria das expectativas comerciais, aliviando preocupações sobre oferta.
(Reportagem de Julie Ingwersen; reportagem adicional de Karl Plume)