💙 🔷 Desapontado com as ações de tecnologia no 3º tri? Explore as Blue Chips baratas para investirLibere agora

Varejo no Brasil cai mais que o esperado em março e tem pior 1º tri da série histórica

Publicado 11.05.2016, 09:48
Atualizado 11.05.2016, 09:50
© Reuters.  Varejo no Brasil cai mais que o esperado em março e tem pior 1º tri da série histórica

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A fraqueza nas vendas de supermercados, móveis, eletrodomésticos e combustíveis levou o varejo brasileiro voltar a cair com força em março, levando o setor a fechar o primeiro trimestre com o pior resultado histórico em meio às crises política e econômica.

As vendas no varejo recuaram 0,9 por cento em março, resultado mais fraco para o mês desde 2003 (-2,4 por cento), após alta de 1,1 por cento em fevereiro em dados revisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Com isso, o setor fechou os três primeiros meses do ano com queda de 7,0 por cento, pior leitura trimestral desde o início da série histórica em 2000. Na comparação com março de 2015, houve perda das vendas de 5,7 por cento.

Os resultados foram bem piores do que o esperado em pesquisa da Reuters, que apontava expectativa de recuos de 0,50 por cento na base mensal e de 4,50 por cento na anual.

Entre as atividades pesquisadas, o destaque em março segundo o IBGE ficou para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, cujas vendas recuaram 1,7 por cento em março sobre o mês anterior, após alta de 0,8 por cento em fevereiro.

Também pesou a queda de 1,1 por cento em Móveis e eletrodomésticos, que tinham registrado aumento das vendas de 6,1 por cento em fevereiro. A atividade Combustíveis e lubrificantes apresentou perda de 1,2 por cento em março, contra ganho de 0,3 por cento em fevereiro.

"Houve forte influência dos hipermercados, refletindo a perda real da renda e a elevação do preços de alimentos, que são um item básico no orçamento das pessoas", explicou a economista do IBGE Isabella Nunes, destacando que os ganhos visto em fevereiro foram "um ponto fora da curva".

No varejo ampliado --que inclui veículos e material de construção-- o volume de vendas recuou 1,1 por cento sobre o mês anterior, com quedas de 0,5 por cento de Veículos e motos, partes e peças e de 0,3 por cento de Material de construção.

As incertezas políticas somadas à recessão vêm agravando a falta de confiança de consumidores e empresários, num ambiente de aumento de desemprego e queda da renda, mantendo o setor varejista sob pressão.

Nesta quarta-feira, o Senado vota a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que deve culminar com o afastamento dela do cargo por até 180 dias.

Em abril, a confiança do consumidor brasileiro medida pela Fundação Getulio Vargas caiu pelo segundo mês, atingindo o menor nível da série histórica.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.