SÃO PAULO (Reuters) - Os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em julho caíram 3,8% na comparação com o mês anterior, para 175,45 mil unidades, ficando levemente acima do registrado um ano antes, informou nesta terça-feira a associação de distribuidores, Fenabrave.
Com o desempenho de julho, as vendas de veículos novos nos primeiros sete meses do ano acumulam crescimento de 27% sobre o mesmo período de 2019, para 1,25 milhão de unidades.
"O número de emplacamentos, até agora, mostra que o setor, no geral, mantém sua trajetória de recuperação, com um volume total próximo ao que registramos nos últimos anos, antes da pandemia", afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, em comunicado à imprensa.
"Se a produção estivesse normalizada, principalmente, para automóveis, poderíamos ter um crescimento ainda maior do que o previsto para este ano", acrescentou.
O presidente da Fenabrave se referiu à crise de insumos que tem atingido o setor mais notadamente desde o início do ano. Entre os principais problemas está a falta de chips usados em uma série de componentes dos veículos atuais como sistemas de entretenimento e do motor.
Segundo a entidade, a crise fez o volume de carros emplacados em julho ser o mais baixo para o mês desde 2005. O número de licenciamentos de automóveis foi de 123,6 mil unidades, queda de 7,3% ante junho e recuo de 8,4% em relação a julho do ano passado.
Em comparação, o volume de comerciais leves, categoria que tem sido foco do setor ao incluir SUVs, picapes e vans comerciais, teve no mês passado crescimentos de 7% e 38% nas bases sequencial e anual, a 38,8 mil unidades.
As vendas de caminhões seguiram em forte ritmo, avançando 3,5% no comparativo com junho e 20,85% sobre julho de 2020, para 11,5 mil veículos, segundo os dados da entidade.
(Por Alberto Alerigi Jr.)