WASHINGTON (Reuters) - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos aumentaram pelo terceiro mês seguido em novembro, mas a oferta permaneceu apertada, mantendo os preços das casas elevados e afastando compradores de primeira viagem.
As vendas de moradias usadas avançaram 1,9% no mês passado, para uma taxa de 6,46 milhões de unidades em dado ajustado sazonalmente, informou a Associação Nacional de Corretores nesta quarta-feira.
As vendas aumentaram no Meio-Oeste, região mais acessível, assim como no Oeste e no densamente povoado Sul norte-americano, enquanto no Nordeste a leitura ficou inalterada.
Economistas consultados pela Reuters projetavam alta das vendas para 6,52 milhões de unidades. As revendas de moradias, que respondem pela maior parte das vendas de casas nos EUA, caíram 2,0% em comparação com o mesmo período no ano anterior.
A forte demanda por imóveis está sendo impulsionada tanto por compradores individuais quanto por investidores, que reformam e revendem as casas para aproveitar o aquecido mercado imobiliário. Mas a oferta continuou a ficar para trás, mantendo os preços das casas elevados.
Há uma carteira recorde de casas com aval para construção, mas que ainda não foram iniciadas, de acordo com dados do governo norte-americano divulgados na semana passada. As construtoras estão lutando contra a escassez de trabalhadores, materiais caros e atrasos na obtenção de suprimentos.
O preço médio de uma moradia usada aumentou 13,9% em relação a um ano antes, para 353.900 dólares em novembro. Preços mais altos e taxas hipotecárias para cima podem arrefecer um pouco a demanda por casas no próximo ano.
Havia 1,11 milhão de casas usadas no mercado no mês passado, queda de 13,3% em relação a um ano antes.
No ritmo de vendas de novembro, o estoque atual levaria 2,1 meses para se esgotar, ritmo abaixo dos 2,3 meses de um ano atrás. Um período de seis a sete meses é visto como um equilíbrio saudável entre oferta e demanda.
Os compradores de primeira viagem responderam por 26% das vendas no mês passado, ante 32% um ano atrás. Esse foi o patamar mais baixo desde janeiro de 2014.
(Por Lucia Mutikani)