Por Ryan Woo e Liangping Gao
PEQUIM (Reuters) - As vendas de terrenos do governo chinês despencaram pelo segundo mês em meio ao rápido arrefecimento do setor imobiliário, conforme as incorporadoras com pouco dinheiro permaneciam de fora, aumentando a pressão sobre as autoridades locais que dependem de tais leilões para obter renda.
O valor das vendas de terrenos em todo o país caiu 11,15% para 570,3 bilhões de iuanes (89 bilhões de dólares) em relação ao ano anterior, de acordo com cálculos da Reuters feitos a partir de dados do Ministério das Finanças divulgados nesta sexta-feira, após recuar 17,5% em agosto.
A queda ocorre no momento em que regulamentações mais rígidas sobre empréstimos por incorporadoras privadas desde o verão de 2020 têm diminuído cada vez mais a demanda por terrenos, após atingir um recorde no ano passado.
As vendas de terrenos chegaram a 8,4 trilhões de iuanes em 2020, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) anual da Austrália, o que ajudou a estabilizar as economias locais em um ano de pandemia.