Por Jan Strupczewski
BRUXELAS (Reuters) - As vendas no varejo da zona do euro caíram mais do que o esperado em abril, impactadas por uma queda nas vendas de produtos não alimentícios, mas ainda foram bem maiores do que 12 meses antes, quando a maioria dos países estava sob estritos bloqueios de pandemia, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira.
O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que as vendas no varejo nos 19 países que compartilham o euro caíram 3,1% em abril sobre março, mas foram 23,9% maiores do que no mesmo mês do ano anterior.
Economistas ouvidos pela Reuters esperavam uma queda mensal de apenas 1,2% e um aumento anual de 25,5%.
O Eurostat disse que as vendas de produtos não alimentícios, excluindo combustível para carros, caíram 5,1% no mês, embora tenham sido 42,6% maiores do que em abril de 2020. As vendas de combustível automotivo foram 0,4% maiores no mês e 65,5% maior do que em abril do ano anterior.
As vendas no varejo são vistas como um indicador proxy para a demanda do consumidor. Isso, por sua vez, é fundamental para a evolução da inflação, que o Banco Central Europeu deseja manter abaixo, mas perto, de 2% no médio prazo. A inflação já atingiu 2% em maio e deve subir, ainda que apenas temporariamente, neste ano.