⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Vendas no varejo do Brasil começam 2020 com queda e prenunciam dificuldades com coronavírus

Publicado 24.03.2020, 09:09
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O ano de 2020 começou mais fraco do que o esperado para o varejo brasileiro, com janeiro mostrando o pior desempenho em um ano, prenunciando perdas mais intensas à frente como consequência do fechamento de lojas e comércios devido às medidas de combate ao coronavírus.

Em janeiro, o volume de vendas no varejo recuou 1,0% na comparação com o mês anterior na série com ajuste sazonal, ante expectativa de queda de 0,6% em pesquisa da Reuters e no segundo resultado negativo seguido.

Foi o resultado mais fraco para o setor desde dezembro de 2018, quando as vendas recuaram 2,6%, com perdas disseminadas entre as atividades em janeiro. Para o mês, a queda foi a mais intensa em quatro anos.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 1,3% nas vendas, contra projeção de ganho de 2,5%, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feia pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, em janeiro ainda não foi registrado qualquer impacto da pandemia.

"Com certeza, com o coronavírus haverá um impacto sobre o comércio e a economia em geral. O tamanho disso ninguém sabe e nem se arrisca em dar palpite", afirmou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.

"O horizonte que se desenha é desafiador. Este ano será sem dúvida de muitas perdas para os setores e entrar janeiro com esse quadro, a situação parece ser crítica. Quem estiver preparado para vendas online vai sair na frente, os menores podem sofrer um pouco, completou.

O varejo terminou o ano passado com ganhos, mesmo tendo perdido força nos últimos meses, em um ambiente de inflação e juros baixos. A lentidão da atividade econômica, entretanto, prejudica o consumo, em um cenário piorado em muito pelas consequências da pandemia do coronavírus no Brasil e no mundo.

Das oito atividades pesquisadas houve quedas em cinco delas. As vendas de Móveis e eletrodomésticos caíram 1,9%, enquanto Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação tiveram perdas de 1,6%.

A atividade de Combustíveis e lubrificantes mostrou recuo de 1,4%, e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram queda de 1,2%, com as vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico perdendo 0,2%.

“O recuo em janeiro é natural, por conta do rescaldo de datas comerciais do fim do ano, como a Black Friday e o Natal”, explicou o analista da pesquisa, Cristiano Santos.

Aumento das vendas foi registrado apenas em Tecidos, vestuário e calçados (1,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%).

No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o volume de vendas aumentou 0,6% em janeiro sobre dezembro, após recuo de 0,8% no mês anterior.

© Reuters. (Blank Headline Received)

As vendas de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 8,5%, enquanto Material de construção teve queda de 0,1%.

Em 2019, as despesas das famílias cresceram 1,8%, em alta pelo terceiro ano seguido devido à melhora do crédito e liberação do FGTS. Esse desempenho ajudou o Produto Interno Bruto a crescer 1,1% no ano, o desempenho mais fraco em três anos.

Em 2020, entretanto, as paralisações por causa do coronavírus já causam preocupações sobre perdas de emprego e redução de salários, o que deve conter o consumo com força além do fechamento de várias fábricas e comércios.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.