SÃO PAULO (Reuters) - A receita de vendas do comércio varejista do país encolheu 1,4 por cento em maio ante o mesmo mês de 2016, descontada a inflação, de acordo com o Índice Cielo (SA:CIEL3) do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado nesta quarta-feira.
A queda foi maior do que a registrada em abril, quando o faturamento do varejo caiu 0,6 por cento, considerada a menor taxa dos últimos 20 meses.
"A desaceleração em maio foi puxada principalmente pelo setor de vestuário nas regiões Sul e Sudeste", destacou o gerente da área de inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, em nota.
"Observamos que a queda de temperatura de abril para maio foi mais brusca no ano passado em relação a este ano, o que pode explicar, em parte, as vendas mais fracas do setor em 2017", acrescentou.
A pesquisa destaca ainda que o último mês foi influenciado positivamente pelo calendário em relação a maio de 2016, com uma quarta-feira a mais e o deslocamento do feriado de Corpus Christi para o mês de junho neste ano.
Descontados os efeitos do calendário, o ICVA caiu 1,6 por cento, após queda de 0,3 por cento em abril, na mesma comparação, de acordo com o levantamento.
O indicador é calculado com base nas vendas realizadas nos mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à Cielo.
A maioria dos setores apresentou retração no ICVA deflacionado em maio, com exceção dos setores de Drogarias e Farmácias e Turismo e Transportes.
Em linha, todas as regiões brasileiras apresentaram desaceleração no varejo, de acordo com o índice deflacionado.
(Por Paula Arend Laier)