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Vendas no varejo brasileiro superam expectativas e têm maior alta para abril em 21 anos

Publicado 08.06.2021, 09:08
Atualizado 08.06.2021, 10:01
© Reuters. Consumidores fazem compras em rua comercial do Rio de Janeiro
16/09/2020
REUTERS/Ricardo Moraes

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no comércio varejista brasileiro cresceram bem mais do que o esperado em abril e tiveram maior alta em 21 anos para o mês, mesmo em meio às restrições rigorosas ainda impostas pela Covid-19, voltando a ficar acima do nível pré-pandemia.

Em abril, as vendas no varejo apresentaram alta de 1,8% na comparação com o mês anterior, depois de queda de 1,1% em março, registrando o maior ganho para o mês desde 2000.

O dado informado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou ainda bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%.

Com esse resultado, o setor passou a ficar 0,9% acima do patamar pré-pandemia, depois de ter ido abaixo dele em março.

"De dezembro para cá o movimento foi instável e claudicante, ora sobe, ora desce. Há uma volatilidade grande e o movimento de reação é heterogêneo", explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Na comparação com abril de 2020, houve alta de 23,8% nas vendas, contra expectativa de 19,8%, em dado inflado pela base baixa de comparação do ano anterior, devido ao isolamento social visto em abril do ano passado.

Depois das dificuldades vistas no primeiro trimestre, quando os gastos das famílias recuaram 0,1% de acordo com os dados do Produto Interno Bruto (PIB), o setor varejista ainda enfrenta o endurecimento das medidas de combate ao coronavírus diante da piora recente do quadro sanitário no país.

O quadro ainda tem desemprego alto e inflação elevada no país, bem como a lentidão no processo de vacinação.

O IBGE destacou que, das oito atividades pesquisadas, sete tiveram resultados positivos em abril, sendo a maior alta nas vendas de Móveis e eletrodomésticos, de 24,8%, seguida de Tecidos, vestuário e calçados, de 13,8%.

O único resultado negativo aconteceu em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujas vendas apresentaram queda de 1,7% no mês. Esse setor representa quase metade do volume de vendas pesquisado, segundo o IBGE.

"O que dá pra dizer é que foram destinados mais recursos das pessoas para outros setores, que foram mais demandados do que hiper e super, que vinha de uma ascensão", disse Santos.

"Hiper perde um pouco de fôlego, mas não parece ser uma mudança de trajetória", completou.

© Reuters. Consumidores fazem compras em rua comercial do Rio de Janeiro
16/09/2020
REUTERS/Ricardo Moraes

De acordo com Santos, houve muitas inversões entre as atividades no mês de abril. "Algumas atividades que estavam indo bem começaram a cair e outras que estavam caindo começaram a crescer. Abril foi um momento em que as grandes lojas de móveis e eletrodomésticos acabaram focando na receita de consumo das famílias", disse ele.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças (20,3%) e de material de construção (10,4%), o aumento no volume de vendas foi de 3,8%.

"O que observamos é que está aumentando a volatilidade mês a mês. Se olharmos os últimos índices, veremos que o comércio está tendo movimentos de mais ganhos e mais perdas. Um mês acaba rebatendo o outro, porque em um mês teve uma receita maior e no outro teve uma teve uma receita menor", explicou Santos.

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