PEQUIM (Reuters) - Ameaças de segurança eletrônica precisam ser abordadas sem a criação de barreiras ao comércio ou a investimentos, disse a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Penny Pritzker, nesta terça-feira durante uma visita à China como parte de uma delegação comercial.
Autoridades dos Estados Unidos incluindo o presidente Barack Obama expressaram preocupações sobre regulações que a China está considerando atualmente e que podem limitar oportunidades para companhias estrangeiras de tecnologia. As regras incluem um esboço de lei antiterrorismo e as chamadas regras "seguras e controláveis" sobre tecnologia bancária.
"Tenho ouvido de vários presidente-executivos norte-americanos que eles ou estão evitando o mercado chinês ou planejando reduzir a exposição aqui, pois temem que as regras favoreçam companhias nativas ou que suas propriedades intelectuais corram risco, ou se preocupam de que as regulações vão mudar de maneira injusta", disse Pritzker em discurso.
"Estes temores são reais, e como resultado essa é uma situação onde todos perdem."
As novas políticas da China representam um dos passos mais significativos do país para limitar a tecnologia estrangeira, 18 meses depois que o ex-prestador de serviços da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA, Edward Snowden, revelou que agências norte-americanas de espionagem plantaram código em exportações de tecnologia do país para espionar alvos estrangeiros.
"Todos concordamos que precisamos resolver nossos desafios de cibersegurança sem criar barreiras ao comércio e ao investimento, e que a China nunca se tornará uma economia de inovação forte sem um regime de proteção à propriedade intelectual que seja aplicado de maneira ampla e consistente", disse Pritzker.