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Argentina busca apoio para plano que permite pagamento local da dívida

Publicado 24.08.2014, 17:05
Argentina busca apoio para plano que permite pagamento local da dívida

Buenos Aires, 24 ago (EFE).- O Executivo de Cristina Kirchner vem buscando apoio para a iniciativa que habilita o pagamento local da dívida, enquanto se prepara para uma semana conflituosa com a greve geral convocada por sindicatos de oposição para a próxima quinta-feira.

O Senado começará a discutir nos próximos dias o projeto de lei de pagamento soberano local da dívida externa com o qual o governo de Cristina Kirchner pretende se esquivar da decisão de tribunais americanos que lhe obrigam a pagar a totalidade da dívida para 1% dos credores litigantes, em sua maioria fundos especulativos.

O kirchnerismo, que conta com uma apertada maioria nas duas câmaras do Congresso, quer uma tramitação rápida da lei e procura convencer os detentores de bônus que aceitaram as reestruturações de 2005 e 2010 (92,4% do total).

O primeiro grande apoio chegou neste domingo através do magnata mexicano David Martínez Guzmán, que opinou que a iniciativa permitirá contornar o bloqueio do pagamento aos credores da dívida reestruturada ditado pelo juiz americano Thomas Griesa.

"É a medida correta que deve tomar um país soberano diante de um ataque judicial indevido", afirmou Martínez Guzmán, titular do fundo de investimento Fintech, em entrevista publicada pelo jornal "Pá".

O investidor mexicano afirmou que está disposto a trocar seus títulos da dívida pública argentina amparados pela legislação estrangeira por bônus a serem pagos no país sul-americano para "isolar o juiz Thomas Griesa e os fundos abutres e retomar a cadeia de pagamentos interrompida de forma arbitrária".

"A solução de fundo é passar para um plano local. Me recordo da velocidade com que o mercado absorveu os bônus emitidos para o pagamento da indenização à Repsol. Há muitos investidores dispostos a fazer negócios amparados pela lei local porque é indiscutível a solvência da Argentina e a vontade de pagamento de seu governo", especificou.

O titular da Fintech, que possui cerca de US$ 1 bilhão em bônus da dívida argentina, segundo fontes do mercado citadas pelo "Pá", é também acionista majoritário da empresa de telecomunicações Telecom Argentina e sócio minoritário da operadora de TV a cabo Cablevisión, do grupo "Clarín".

Apesar do apoio expressado por Martínez Guzmán, a maioria dos economistas duvidam que o governo consiga convencer todos os credores da dívida reestruturada e preveem que isso poderá gerar novas e complexas batalhas judiciais, com um impacto negativo na economia.

Alguns partidos políticos de oposição, como o conservador Proposta Republicana (Pro), liderado pelo prefeito de Buenos Aires Mauricio Macri, e a União Cívica Radical (UCR), anteciparam que votarão contra o projeto de lei. Além disso, outras formações ainda não decidiram se rejeitarão a proposta ou se vão optar pela abstenção, como é o caso da coalizão de centro-esquerda Unem.

O deputado e líder da coligação opositora Frente Renovadora, Sergio Massa, anunciou que apresentará um projeto de lei alternativo com sedes alternativas de pagamento em Paris e na Basileia, e criticou que a Argentina vive "uma situação de incerteza, de angústia e de preocupação, criada pela soma de erros e pela conjunção de pecados capitais, por não ter tratado a tempo e de forma íntegra esse tema".

Os últimos indicadores econômicos mostram a fraqueza da economia argentina, que registrou uma contração anualizada do 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2014 e sofreu leve aumento do desemprego, que ficou em 7,5% no primeiro semestre do ano, três décimos a mais que no mesmo período de 2013.

Os sindicatos de oposição aderiram à queda de braço com o governo ao convocarem uma greve geral para a próxima quinta-feira, dia 28 de agosto, em protesto pela queda dos salários frente à inflação e contra o aumento das suspensões e demissões.

O líder sindical Hugo Moyano denunciou que vê a presidente argentina "muito desorientada" e "muito confusa" e previu que a greve será "total", apesar de o governo e os sindicatos ligados ao kirchnerismo tentarem minimizar o protesto.

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