BEIRUTE (Reuters) - A explosão de uma bomba atingiu neste sábado um comboio de ônibus que aguardava para entrar uma área controlada pelo governo sírio na cidade em Aleppo, matando e ferindo dezenas de pessoas que estavam retiradas desde um dia antes, provenientes de dois vilarejos xiitas, como parte de um acordo entre os dois lados do conflito.
O acordo acabou ficando congelado, deixando milhares de pessoas, tanto no lado controlado pelo governo quanto no lado controlado pelos rebeldes, presas em dois pontos de passagem nos arredores da cidade, antes da explosão ocorrer.
No final do sábado, ônibus do comboio atingido pela explosão começaram a entrar no território controlado pelo governo, à medida que o acordo foi retomado, disseram veículos de imprensa pró-Damasco.
Contudo, o ataque reforçou as dificuldades de se levar adiante qualquer acordo entre as partes em conflito, em um cenário volátil e complexo em que, ao longo de sete anos, não há sinais de pacificação.
Um veículo de imprensa ligado ao Hezbollah, aliado do governo sírio, disse que o ataque foi realizado por um carro bomba, com um suicida, e matou pelo menos 40 pessoas. Um observatório internacional disse que houve 24 mortes.
Imagens veiculadas na TV estatal mostraram corpos espalhados pelo chão perto de ônibus queimados e com as janelas quebradas.
A explosão atingiu ônibus na área de Rashidin, nos arredores de Aleppo. Os veículos aguardavam desde sexta-feira para passar do território rebelde para a área controlada pelo governo. Mais tarde, ambulâncias levaram os feridos para hospitais de Aleppo.
O comboio carregava residentes e combatentes pró-governo que estavam em duas vilas xiitas cercadas por rebeldes na província de Idlib.
Eles haviam sido levados sob o acordo que previa, em troca, que centenas de insurgentes sunitas e suas famílias pudessem sair de Madaya, uma cidade sitiada pelo governo, perto de Damasco.
Não estava claro inicialmente quem realizou o ataque a bomba.
(Por John Davison)