SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira que sua diretoria decidiu pagar 33 bilhões de reais referente a dívidas que o banco havia contraído com a União.
A operação envolveu 18 bilhões de reais em moeda corrente e 15 bilhões de reais em títulos públicos federais, informou o banco de fomento.
A Reuters havia publicado na terça-feira, citando fonte, que o banco havia decidido pela devolução antecipada do valor de 33 bilhões de reais ao governo federal.
Segundo banco, a decisão pela devolução dos recursos levou em conta "contribuir com os esforços para conter a dívida bruta da União", assegurar a capacidade do BNDES em atender à demanda por crédito e alinhamento com determinações do Tribunal de Contas da União (TCU).
"O BNDES mantém todos os indicadores de prudência financeira e o alinhamento do banco com o Tribunal de Contas da União (TCU) é absoluto", afirmou a instituição de fomento.
Além dos 33 bilhões de reais, o BNDES também está discutindo com o governo a devolução de outros 17 bilhões de reais ainda este ano, disse uma fonte do banco à Reuters na terça-feira.
Os recursos fazem parte de aportes feitos pelo Tesouro no BNDES durante governos anteriores e que somaram cerca de 500 bilhões de reais.
Para 2018, o interesse do governo é fazer que o BNDES devolva mais 130 bilhões de reais. Porém, este montante é considerado exagerado pelo banco, que acredita que a devolução poderia comprometer sua capacidade de empréstimo, justamente no momento em que a economia dá sinais de retomada. Segundo a fonte, o banco teria condições de devolver 40 bilhões de reais em 2018 ao Tesouro.