RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem ficar este ano entre 75 bilhões e 80 bilhões de reais, estimou nesta sexta-feira o presidente da instituição de fomento, Dyogo Oliveira.
A estimativa se compara a uma realizada pelo ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro, que apontava para empréstimos superiores a 80 bilhões de reais, e vem após os desembolsos terem caído no primeiro trimestre.
Entre janeiro e março, desembolsos do BNDES caíram 26 por cento, para 11,15 bilhões de reais.
Segundo Oliveira, "não faltam recursos para emprestar e sim demanda".
"Acreditamos que vamos começar o período de inversão dessa trajetória que ainda está impactada pela recessão", disse ele a jornalistas, após evento no banco.
Oliveira acrescentou que um eventual apoio à Odebrecht, que vem tentando juntos a bancos credores estender prazos de pagamento de dívidas, flexibilizar garantias e até novos recursos, será feito para melhorar a posição do banco para receber os créditos.
O presidente do BNDES admitiu também que a expectativa é de que Venezuela e Moçambique não honrem com empréstimos que vencem este ano com a instituição.
(Por Rodrigo Viga Gaier)