NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do cacau avançaram nesta segunda-feira impulsionados por preocupações de que o clima seco na África Ocidental pode exacerbar a escassez de oferta, enquanto o açúcar bruto caiu em meio às chuvas no Brasil, principal produtor da commodity.
CACAU
* Os contratos futuros do cacau em Nova York na ICE fecharam em alta de 139 dólares, ou 1,2%, para 11.377 dólares a tonelada, voltando a se aproximar do recorde de 12.931 dólares estabelecido em 18 de dezembro.
* Negociantes disseram que o clima seco na África Ocidental deverá desacelerar as chegadas aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor da commodity, a partir do próximo mês.
* As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim desde o início da temporada, em 1º de outubro, atingiram 1,109 milhão de toneladas até 5 de janeiro, acima das 873.000 toneladas do mesmo período da temporada anterior, estimaram exportadores na segunda-feira.
* O contratos futuros do cacau em Londres subiram 0,1%, para 9.030 libras por tonelada.
CAFÉ
* Os futuros do café robusta subiram 16 dólares, ou 0,3%, para 4.984 dólares por tonelada, impulsionados pela oferta restrita após uma desaceleração nos embarques do Vietnã, maior produtor.
* O Vietnã exportou 1,34 milhão de toneladas de café em 2024, uma queda de 17,2% em relação ao ano anterior, segundo dados do governo divulgados nesta segunda-feira.
* Negociantes disseram que as chuvas no Vietnã também desaceleraram a safra 2024/25 e aumentaram as preocupações com a qualidade.
* Os futuros do café arábica na ICE fecharam quase estáveis, a 3,186 dólares por libra-peso.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto caiu 0,32 centavo, ou 1,6%, aos 19,33 centavos de dólar por libra-peso.
* Comerciantes disseram que as chuvas no Brasil melhoraram as perspectivas para a safra de cana 2025/26, enquanto o forte ritmo de moagem de cana na Tailândia também estava limitando os ganhos.
* A expectativa é de que as áreas de cana-de-açúcar do Brasil recebam mais chuvas benéficas nos próximos dez dias.
* O açúcar branco de março perdeu 1,4%, aos 507,10 dólares a tonelada.
(Por Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)