Por Roberta Rampton
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca e o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) irão reunir autoridades locais e estaduais no próximo mês para elaborar um plano urgente de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite o Zika vírus.
Autoridades federais de saúde esperam os primeiros casos de transmissão local de Zika vírus no território continental dos EUA até junho ou julho. O vírus vem sendo ligado a milhares de casos suspeitos de microcefalia, uma má-formação craniana em recém-nascidos, no Brasil.
A Casa Branca está convidando autoridades envolvidas no controle dos mosquitos e de saúde pública para uma cúpula no dia 1º de abril na sede do CDC, na cidade de Atlanta, para debater a melhor maneira de rastrear e controlar a disseminação do vírus e reagir aos casos de infecção.
"O cenário mais otimista aqui é que podemos ou limitar a transmissão local ou tomar a dianteira e contê-la o mais cedo possível", disse Amy Pope, vice-assistente de Segurança Interna do presidente dos EUA, Barack Obama, em uma entrevista.
Embora a maioria das pessoas picadas por insetos infectados só desenvolva sintomas amenos, as gestantes precisam tomar precauções adicionais, segundo o CDC. A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que existem "indícios cumulativos" de um elo do Zika com microcefalia e Guillain-Barré, uma doença neurológica que pode causar paralisia.
Mais de uma dezena de casos suspeitos de transmissão sexual e um caso de suposta transmissão por transfusão de sangue despertaram dúvidas sobre outras formas de contágio do Zika.
Inicialmente o CDC acreditou no surgimento de pequenos focos de surtos de Zika em alguns Estados do sul norte-americano resultantes de transmissão local. O uso abrangente de ar condicionado, de telas de proteção nas janelas e a coleta de lixo regular minimizaria o risco, afirmou a agência.