SÃO PAULO (Reuters) - A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aprovou nesta sexta-feira a contratação do empréstimo de 6,6 bilhões de reais com bancos para ajudar as distribuidoras de energia.
Entre os associados da CCEE na assembleia, 97 por cento aprovaram a operação e 3 por cento se abstiveram. O quorum foi de 66,6 por cento dos agentes da CCEE.
O empréstimo é a segunda operação do tipo neste ano para ajudar distribuidoras a pagar gastos com energia no curto prazo. Os gastos cresceram desde 2013, diante da maior exposição das distribuidoras e d forte despacho térmico, em meio à estiagem que reduziu o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas.
"Há uma compreensão grande do setor sobre esta segunda operação. Está assegurada a blindagem dos associados, que era uma das exigências no primeiro financiamento e que conseguimos assegurar nesse financiamento também", disse a jornalistas o presidente do Conselho da CCEE, Luiz Eduardo Barata.
Conforme anunciado na véspera, o custo do novo empréstimo é de CDI mais 2,35 por cento ao ano. Além do BNDES, sete bancos comerciais estão garantidos no pool de participantes do empréstimo: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander Brasil, Itaú Unibanco, BTG Pactual e Citibank.
JP Morgan, Credit Suisse e Bank of America, que participaram do último empréstimo de 11,2 bilhões de reais, ainda não se garantiram se entrarão na operação.
A expectativa da CCEE é assinar o contrato no início da semana que vem, para que a primeira tranche do empréstimo, que cobrirá gastos das distribuidoras de maio, possa sair até 15 de agosto. Os gastos de maio somam 1,35 bilhão de reais e a liquidação ocorre até o fim do mês.
Uma tranche para cobrir os gastos de junho, os quais as distribuidoras já pagaram, é esperada para a partir de 18 de agosto. Os gastos de junho foram de 327 milhões de reais.
(Por Anna Flávia Rochas)