Por Kevin Yao e Koh Gui Qing
PEQUIM (Reuters) - Com o crescimento da economia da China parecendo que ficará abaixo de 7 por cento, as autoridades preocupadas com um salto no desemprego estão retirando todos os freios para evitar demissões em massa.
As estatais estão sendo encorajadas a manter os trabalhadores ociosos empregados, subsídios e isenções fiscais estão sendo concedidos a empresas para que não demitam e algumas companhias estão até mesmo sendo instigadas a efetuar contratações, apesar do abrandamento do crescimento econômico.
Por ora, as medidas parecem estar funcionando, disse um economista sênior do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento, um órgão de estudos e consultoria vinculado ao governo da China.
"Não há nenhum grande problema de emprego. Eles (líderes) estão mais preocupados com os riscos financeiros e os riscos da dívida", disse o economista, que não quis ser identificado.
Mas as coisas podem mudar rapidamente.
Em um dos primeiros sinais de dificuldade no mercado de trabalho da China, o governo da província de Liaoning disse em abril que reduziu sua meta de criação de vagas este ano para 400 mil ante 700 mil, para refletir uma "grave" tendência no emprego.
Essa informação surgiu na esteira de dados que mostraram que Liaoning, uma das três províncias no cinturão industrial do nordeste da China, cresceu apenas 1,9 por cento nos primeiros três meses do ano, no ritmo mais lento entre as 31 províncias e regiões da China.
((Tradução Redação São Paulo, +5511 56447719))