PEQUIM (Reuters) - A China reduziu sua meta de crescimento este ano, conforme a segunda maior economia do mundo realiza reformas dolorosas para enfrentar uma rápida acumulação de dívidas e cria proteções contra os riscos financeiros.
A China pretende expandir sua economia em cerca de 6,5 por cento, disse o primeiro-ministro Li Keqiang em seu relatório de trabalho na abertura da reunião anual do parlamento no domingo.
A meta, que a Reuters havia noticiado exclusivamente a citando fontes em janeiro, era realista e ajudaria a orientar e estabilizar as expectativas, disse Li.
A China definiu uma meta de 6,5 a 7 por cento no ano passado e, por fim, alcançou crescimento de 6,7 por cento, apoiado em empréstimos bancários recordes, um boom especulativo de habitação e bilhões de investimentos governamentais.
Mas como o governo se move para esfriar o mercado imobiliário, retardar novos créditos e apertar as cordas da bolsa, a China terá que depender mais do consumo interno e do investimento privado para o crescimento. Tal como em 2016, a China não estabeleceu um objectivo para as exportações, destacando a perspectiva global incerta.
"Os desenvolvimentos tanto dentro como fora da China exigem que estejamos prontos para enfrentar situações mais complicadas e mais graves", disse Li, acrescentando que o crescimento mundial permaneceu lento, enquanto a desglobalização e o protecionismo estavam se acelerando.
(Reportagem de Kevin Yao e Xiaochong Zhang)