PEQUIM (Reuters) - Um total de 57 países serão membros-fundadores do novo Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês) liderado por Pequim, disse o Ministério das Finanças da China nesta quarta-feira, reunindo países tão diferentes como Irã, Israel, Grã-Bretanha e Laos.
A Grã-Bretanha surpreendeu alguns aliados no mês passado ao decidir se juntar ao AIIB, e foi seguida rapidamente pela Alemanha, França e Itália. Entre os membros do G7, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá continuam ausentes.
Washington alertou países sobre se juntar ao banco, visto como um rival ao Banco Mundial, dominado pelos EUA, citando o que chamou de uma falta de transparência, dúvidas sobre salvaguardas ambientais e empréstimos, além de preocupações acerca da influência de Pequim.
"O AIIB tem 57 países como membros-fundadores, entre estes 37 são países asiáticos, 20 são países de fora da região", disse o vice-ministro das Finanças da China, Shi Yaobin, numa entrevista à mídia estatal publicada no site do ministério.
Shi disse que representantes dos países-membros vão se reunir novamente ao final de abril e maio para acertar um esboço do estatuto "e assinar o estatuto até o final de junho".
Pequim afirma que não terá poder de veto no AIIB, diferentemente do Banco Mundial onde Washington tem um veto limitado.
Pequim tem dito também que um conselho de diretores controlará as operações do novo banco. Membros-fundadores vão pagar inicialmente até um quinto do capital autorizado de 50 bilhões de dólares do AIIB, que eventualmente será elevado para 100 bilhões de dólares.
(Por Michael Martina e Ben Blanchard)