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China promete ampliar abertura do mercado financeiro; delegação comercial dos EUA chega a Pequim

Publicado 28.03.2019, 09:12
© Reuters. Pessoas caminham em frente a painel com informações de movimentos de mercados

Por Kevin Yao e Dominique Patton

BOAO, China/PEQUIM (Reuters) - A China vai expandir acentuadamente o acesso ao mercado para os setores bancário, de valores mobiliários e seguros para investidores estrangeiros, especialmente no setor de serviços de serviços financeiros, disse o primeiro-ministro Li Keqiang nesta quinta-feira, com autoridades dos Estados Unidos chegando a Pequim para mais uma rodada de negociações comerciais.

O governo também vai trabalhar no desenvolvimento de políticas mais favoráveis para investidores estrangeiros para negociarem títulos chineses, disse Li em um discurso no fórum anual de Boao, realizado na ilha de Hainan, no sul da China.

"Estamos acelerando a abertura total do acesso ao mercado para investidores estrangeiros nos setores bancário, de valores mobiliários e de seguros", disse ele.

Os comentário de Li se somam às especulações de que a China pode em breve anunciar novas regras que permitirão aos bancos estrangeiros e seguradoras aumentarem sua presença no território chinês.

A China tem prometido abrir ainda mais seu mercado financeiro para investidores estrangeiros desde o ano passado, em meio a uma guerra comercial com os EUA. As empresas estrangeiras há muito se queixam de que a liberação foi muito restrita e com implementação irregular.

Os Estados Unidos e a China avançaram em todas as áreas sob discussão nas negociações comerciais, com um movimento sem precedentes em questões delicadas como transferência forçada de tecnologia, mas ainda existem pontos controversos, disseram à Reuters na quarta-feira autoridades dos EUA.

© Reuters. Pessoas caminham em frente a painel com informações de movimentos de mercados

Li disse que o escopo de negócios dos bancos estrangeiros, bem como o acesso ao mercado para as empresas de crédito, acordos com cartões bancários e pagamentos de cartões não bancários, serão "expandidos", com expectativa de que as restrições quanto à margem das corretoras estrangeiras e corretores de seguros sejam removidas.

"Tais medidas serão implementadas este ano de forma relativamente contundente", disse ele.

O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, chegaram a Pequim na quinta-feira e têm um jantar de negócios com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He. A expectativa é de que as negociações durem o dia todo na sexta-feira.

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