Por Andrew Goudsward e Christopher Bing
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse nesta terça-feira que interrompeu uma operação russa que usava contas falsas de mídia social aprimoradas por inteligência artificial para espalhar mensagens pró-Kremlin nos EUA e exterior.
A notícia chega quatro meses antes da eleição presidencial dos EUA, que os especialistas em segurança acreditam amplamente que será alvo de tentativas de hacking e influência disfarçada em mídia social por adversários estrangeiros. Autoridades norte-americanas graduadas disseram publicamente que estão monitorando esquemas que visam atrapalhar a votação.
A suposta operação, de acordo com os promotores, foi conduzida por meio de uma organização de inteligência privada com sede na Rússia, composta por autoridades da inteligência russa e um funcionário sênior do canal de notícias Russia Today, ou RT, com sede em Moscou e financiado pelo governo.
Um porta-voz da RT não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Essa organização privada projetou uma plataforma personalizada, alimentada por IA, para criar, controlar e gerenciar centenas de contas sociais falsas, que foram feitas para se parecerem com americanas reais, de acordo com documentos judiciais.
No total, ela criou cerca de 1.000 contas na plataforma de mídia social X. Esses perfis foram banidos desde então.
As contas geralmente publicavam pontos de discussão pró-Kremlin e criticavam o governo ucraniano.