Investing.com - O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, nesta quita, afirmou que o panorama de crescimento para a zona do euro melhorou, mas reiterou que o programa de quantitative easing pode aumentar se o quadro se tornar menos favorável.
O BCE está pronto para aumentar o tamanho ou a duração de seu programa de compra de ativos se o quadro se tornar menos favorável, afirmou Draghi na coletiva de imprensa após a reunião de política do banco.
Ele afirmou que os riscos para o crescimento da zona do euro apresentam tendência de diminuição devido a fatores globais, acrescentando que o resultado das análises econômicas "confirmou a necessidade grande de manutenção de uma política monetária expansionista".
Draghi diminuiu a importância do salto da inflação na zona do euro em dezembro, afirmando que a pressão inflacionária em questão continua "controlada".
O BCE surpreendeu os mercados em dezembro quando anunciou que reduziria o tamanho do seu programa de compra de ativos de € 80 bilhões para € 60 bilhões a partir de abril, mas estendeu o programa de quantitative easing até o fim do ano.
Draghi indicou que os representantes do BCE não discutiram a necessidade de diminuir o ritmo da compra de títulos da dívida na reunião de política deste mês.
Draghi afirmou que o BCE continua esperando que sua taxa de juros base continue no nível atual ou em um nível menor por um tempo muito maior do que a duração do programa de compras líquidas de ativos.
Draghi afirmou que o efeito econômico das negociações com o Reino Unido, a respeito de sua saída da União Europeia, dependerá do momento e da forma do acordo que for firmado e afirmou que ainda é cedo demais para comentar sobre o assunto.
Em resposta às perguntas sobre os recentes comentários do presidente eleito Donald Trump sobre e euro e sobre a UE, Draghi afirmou que prefere avaliar políticas em vez de palavras.
"Eu não vou comentar sobre isso, é cedo demais. Vamos ver se políticas de verdade virão após estas declarações".
Na reunião desta quinta, o BCE manteve a taxa da facilidade permanente de depósito em -0,40%. A taxa principal de refinanciamento não foi modificada mantendo-se a zero, enquanto que a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez ficou em 0.25%.