Em um movimento significativo para enfrentar a crise humanitária no Sudão, os Estados Unidos anunciaram um adicional de US$ 203 milhões em ajuda para ajudar milhões de civis afetados pelo conflito em curso na região. Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, fez o anúncio hoje, enfatizando a extrema necessidade de apoio internacional.
Este último aumento de financiamento eleva a contribuição total dos EUA para US$ 707 milhões desde outubro, direcionada para ajudar civis sudaneses dentro do país, bem como refugiados no Chade, Egito e Sudão do Sul. Os EUA continuam sendo o maior doador individual para os esforços humanitários em resposta à crise sudanesa.
O conflito, que começou em abril de 2023, envolve o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF). Foi desencadeado por um plano contencioso de fundir o exército com unidades paramilitares como parte de uma transição para eleições livres. Os confrontos levaram a uma violência étnica generalizada, com as RSF sendo amplamente culpadas, embora neguem ter como alvo civis.
As Nações Unidas relataram que quase metade da população do Sudão, totalizando cerca de 25 milhões de pessoas, precisa de ajuda. Há uma ameaça iminente de fome em 14 regiões, e aproximadamente 10 milhões de pessoas foram deslocadas, com mais de 2,2 milhões buscando refúgio em países vizinhos.
O embaixador Thomas-Greenfield, que visitou refugiados ao longo da fronteira Chade-Sudão em setembro, destacou a gravidade da situação, afirmando: "O povo do Sudão está enfrentando a pior crise humanitária do mundo. Muito mais precisa ser feito para ajudá-los." Ela expressou esperança de que a nova rodada de ajuda inspire outras nações a contribuir também.
Os Estados Unidos acusaram as facções em conflito de cometer crimes de guerra, com as RSF e milícias aliadas também sendo implicadas em crimes contra a humanidade e limpeza étnica. Um relatório do mês passado, que incluiu análises de imagens de satélite, mostrou uma rápida expansão dos cemitérios, ressaltando o crescente número de mortes por fome e doenças.
O Conselho de Segurança da ONU, com o incentivo dos EUA, aprovou resoluções exigindo um cessar-fogo, a remoção de barreiras à entrega de ajuda e a proteção de civis. Uma resolução recente em junho pediu especificamente o fim do cerco de uma cidade em Darfur do Norte, que tem uma população de 1,8 milhão.
Thomas-Greenfield afirmou que, embora o financiamento humanitário seja crucial, é igualmente importante que as partes envolvidas no conflito permitam o acesso humanitário. Ela indicou que os EUA estão prontos para defender novas ações do Conselho de Segurança da ONU para garantir que a ajuda chegue aos mais necessitados.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.