BEIRUTE/MUNIQUE (Reuters) - As forças do governo sírio devem avançar para a província de Raqqa, reduto do Estado Islâmico, e jatos russos continuarão os ataques aéreos em cidades controladas pelos rebeldes ao norte de Aleppo, disse neste sábado o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Um eventual avanço sobre Raqqa restabeleceria o controle do governo sobre a província pela primeira vez desde 2014 e pode ser visto como um movimento para impedir que a Arábia Saudita envie forças terrestres para combater o EI na Síria.
A Rússia prossegue com sua campanha aérea, que já dura quatro meses, para ajudar o presidente sírio, Bashar al-Assad, antes do "interrupção das hostilidades" acertado por grandes potências na sexta-feira. O acordo deve entrar em vigor em uma semana.
O Exército sírio anunciou a conquista de mais regiões na região de Aleppo, onde avança apoiado pelo grupo libanês Hezbollah, e combatentes iranianos cortaram uma rota de suprimentos dos rebeldes que ia da Turquia até posições dos rebeldes em Aleppo.
Se suas forças conseguirem retomar Aleppo e fechar a fronteira com a Turquia, Damasco daria um duro golpe contra os insurgentes, que estavam ganhando terreno até a Rússia começar a intervir em setembro.
A Rússia disse que vai continuar bombardeando o Estado Islâmico e a Frente Nursa ligada à al Qaeda, que em muitas áreas do oeste da Síria combate as forças do governo em estreita proximidade com os insurgentes considerados moderados pelas nações ocidentais.
Segundo o Observatório, aviões de guerra russos realizaram pelo menos 12 ataques contra cidades controladas pelos rebeldes ao norte de Aleppo entre a noite de sexta-feira e sábado.