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Fazenda e parlamentares não fecham acordo sobre Refis, nova reunião deve ocorrer na 5ª-feira

Publicado 09.08.2017, 19:44
Atualizado 09.08.2017, 19:50
© Reuters. Prédio do Congresso Nacional visto das colunas do Palácio do Planalto, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - Governo e parlamentares ainda não chegaram a um acordo sobre o projeto de regularização de dívidas tributárias, o Refis, após membros de comissão mista do Congresso Nacional terem levado ao Ministério da Fazenda sugestões para um meio termo entre a proposta originalmente enviada pelo Executivo e a que foi substancialmente afrouxada em relatório aprovado no colegiado.

Parlamentares que participaram de encontro encerrado no fim da tarde desta quarta-feira com o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, e com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmaram que uma nova reunião deverá ser realizada na quinta, após a Fazenda analisar a viabilidade dos pontos levantados pelos deputados e senadores.

Segundo o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), o governo deixou claro que não aceita as condições mais benéficas aprovadas na comissão para os descontos sobre os valores devidos.

"Em relação aos descontos, o governo está muito resistente, inflexível, no sentido de ampliar os descontos", disse.

O parecer aprovado em comissão mista no Congresso, de autoria do deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), melhora fortemente as condições para o parcelamento das dívidas, passando a permitir um desconto de até 99 por cento sobre multas e juros, sob condições mais curtas de parcelamento. A versão do governo permitia um abatimento máximo de 90 por cento dos juros e de 50 por cento da multa.

Além disso, o relatório amplia fortemente o universo de contribuintes que poderão se beneficiar de entradas menores. Antes, o governo tinha estabelecido que os devedores com dívida total inferior a 15 milhões de reais poderiam pagar uma entrada de 7,5 por cento do valor total devido entre agosto e dezembro deste ano, contra percentual de 20 por cento que valia para os demais.

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Pelo relatório, poderão se beneficiar os que tiverem dívida de até 150 milhões de reais, pagando no mesmo período apenas 2,5 por cento do valor devido.

Bezerra afirmou que o governo analisará agora em que medida poderá subir o teto de 15 milhões de reais estabelecido, bem como o percentual da entrada que será possível diminuir. O esforço será para que se chegue rapidamente a uma conclusão.

"Enquanto existe esse impasse na negociação, existe um certo freio na adesão ao Refis que está em curso", disse, apontando que mais de 62 mil contribuintes já aderirem e a expectativa da Fazenda é que esse número possa ultrapassar 150 mil.

O prazo de adesão previsto na MP editada pelo governo termina no dia 31 de agosto.

Também presente na reunião, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que alguns outros pontos que estão sendo demandados pelos parlamentares não têm impacto na redução da arrecadação, mas constituem uma "formalidade de texto".

"Se não houver acordo e nós não prosperarmos no acordo, nós temos que apreciar a medida provisória. É isso que irá acontecer. Aí cabe ao presidente (Rodrigo) Maia, que é tem o comando da pauta, definir", disse.

"Eu acho que o governo tem a convicção que é importantíssimo nesse instante sobretudo que estamos vivendo essa arrecadação. E o Refis é parte dessa arrecadação", completou.

A versão do relator para o Refis implica arrecadação inferior a 1 bilhão de reais para 2017. Já o Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) como enviado pelo governo tem potencial de render ao governo 13,8 bilhões de reais, conforme último relatório bimestral de receitas e despesas.

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O deputado Arthur Lira (PP-AL), que também participou do encontro, foi mais pessimista e afirmou que um acordo sobre o tema "está mais enrolado do que qualquer coisa". Ele também disse que a Fazenda vai botar no papel um Refis que não terá adesão e que não conseguirá fazer frente às estimativas de arrecadação.

(Por Marcela Ayres, com reportagem de Maria Carolina Marcello)

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